Super Proteção

Em meio a tantas crises verificam-se constantes buscas de alternativas de proteção dos filhos e familiares. Proteção é essencial e saudável, na medida certa, uma vez que é amor e cuidado. Porém, há ações e consequências que demostram excessos que necessitam ser observados, pois denotam o quanto a super proteção é prejudicial no desenvolvimento das relações. Mais uma exemplo do amor cego apontado por Bert Hellinger.

Colocar quem amamos dentro de uma redoma, afastar dos demais e das dificuldades, isolar demasiadamente, antecipar-se às suas necessidades buscando fazer por eles tudo para que não se machuquem, não se frustrem, traz inseguranças, dependências, despreparo e até revoltas. É preciso observar o quanto há aí, no super protetor, de insegurança também, recriando atitudes, de obsessão, de controlador e ansioso.

Fazemos parte de um sistema e estamos ligados pelo amor mesmo que seres únicos, indivíduos, individuais. Por si só isso já é protetor e nos dá força  para enfrentar o que tiver que ser. Mas precisamos ser orientados para tal, desenvolver capacidades, saber procurar soluções e respostas. A proteção impele, oportuniza, facilita, motiva buscas,... A super proteção enfraquece, bitola, torna o ser incapaz de enfrentar seu destino. Bert Helllinger nos ensina que super proteção, com seu amor cego, aumenta o sofrimento, uma vez que dificulta o leve e livre andar da vida com pertencimento, ordem e equilíbrio. 

Na Constelação Familiar podem ser vistas estas armadilhas, ajudando a compreender e a cessar o movimentos de sofrimento excessivo de todos os envolvidos. O sofrimento faz parte e necessita ser visto, ser incluído e respeitado, nos tornando aprendizes de suas mensagens e ensinamentos, e fortes para enfrentar ao que nos cabe.