'O essencial é invisível aos olhos"

A visão sistêmica de Bert Hellinger veio contribuir significativamente para a ação educadora, com a Educação, em todas as suas áreas. Somos seres de relação
tendo que aprender continuamente
a lidar com as situações complexas da vida.
É preciso sentir, compreender, aprender para, então, partilhar, ensinar.

É preciso, portanto, ir desenvolvendo as Inteligências Relacional e Emocional no decorrer da caminhada, conforme os contextos se dão. E começa com a relação conosco mesmos, com o saber lidar com os processos que se apresentam, com as pessoas envolvidas, com nossas reações, desenvolvendo competências como autoconsciência, autocontrole, empatia,...

Ser responsável e investir no próprio conhecimento abre possibilidades, desenvolve habilidades cognitivas para maiores aprendizagens. Ao desenvolver inteligências, em especial a emocional e a relacional, são propiciadas informações para cada vez saber mais, para conferindo resultados positivos a nós mesmos, e em nosso meio, quanto a saúde num todo, qualidade e melhor performance de vida.
Desenvolver-se nas habilidades sociais confere compreensão da forma como construímos relacionamentos, do que está envolvido nas conexões, de como agimos e reagimos, resultando na sabedoria própria de olhar com amor para todas as situações que se apresentam, e coragem para lidar com a desafiadora busca do bem viver.

'Buscar' o próprio centro, é diferente de estar no centro, sob chuva de conteúdos e informações. É centrar-se e focar no essencial, é saber lidar com equilíbrio nas circunstâncias utilizando os conhecimentos ao administrar os eventos do cotidiano.
"Alguém se decide afinal a saber. 
Monta em sua bicicleta, pedala para o campo aberto, afastando-se do caminho habitual e seguindo por outra trilha.
Como não existe sinalização, ele tem de confiar apenas no que vê com os próprios olhos diante de si e no que mede com seu avanço. O que o impulsiona é, antes de tudo, a alegria de descobrir. E o que para ele era mais um pressentimento, agora se transforma em certeza.
Eis, porém, que o caminho termina, diante de um largo rio. Ele desce da bicicleta. Sabe que, se quiser avançar, deverá deixar na margem tudo o que leva consigo. Perderá o solo firme, será carregado e impulsionado por uma força que pode mais do que ele, à qual precisará entregar-se. Por isso hesita e recua.
Pedalando de volta para casa, dá-se conta de que pouco conhece do que poderia ajudar e dificilmente conseguirá comunicá-lo a outros. Já tinha vivido, por várias vezes, a situação de alguém que corre atrás de outro ciclista para avisá-lo de que o para-lama está solto: 
- “Ei, você aí, o seu para-lama está batendo! 
-  “O quê?”
- “O seu para-lama está batendo!” 
- “Não consigo entender”, responde o outro, “o meu para-lama está batendo!”
“Alguma coisa deu errado aqui”, pensa ele. Pisa no freio e dá meia-volta.
Pouco depois, encontra um velho mestre e pergunta-lhe: 
- “Como é que você consegue ajudar outras pessoas? Elas costumam procurá-lo, para pedir-lhe conselho em assuntos que você mal conhece. Não obstante, sentem se melhor depois.”
O mestre lhe responde: 
-“Quando alguém para no caminho e não quer avançar, o problema não está no saber. Ele busca “segurança” quando é preciso “coragem” e quer liberdade quando o certo não lhe deixa escolha. Assim, fica dando voltas.
O mestre, porém, não cede ao pretexto e à aparência. Busca o próprio centro e, recolhido nele, espera por uma palavra eficaz, como quem abre as velas e aguarda pelo vento. Quando a outra pessoa chega, encontra-o no mesmo lugar aonde ela própria deve ir, e a resposta vale para ambos. Ambos são ouvintes. ”
E o mestre acrescenta: 
-“No centro sentimos leveza.”

 Bert Hellinger no livro ORDENS DO AMOR.

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